Em Notre-Dame de Paris, escrito por Victor Hugo aos 28 anos,
primeira edição em 1831, Claude Frollo aponta para um livro que tinha na
escrivaninha, aponta depois para a enorme catedral que se construía ali perto, e
sentencia: “Isto matará aquilo!”.
Isto era o livro, aquilo
a catedral. O esclarecimento mataria a Igreja. O bojudo e soberbo edifício
religioso medieval ameaçava ruína, a poderosa pedra fraquejando perante o frágil
papel.
A cena passava-se no século XV, de então para cá o presságio
legendado “Isto matará aquilo!” siamizou-se aos discursos de qualquer velho
do restelo que cuide bem do seu estatuto.
[continuar aqui]
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