Dinis Manuel Alves | Lobito | 1958

não se deixem de estórias.

Dinis Manuel Alves | Lobito | 1958

Um blog, porque o árbitro não faz o monge.

Dinis Manuel Alves | Lobito | 1958

telhados de vidro, coração de cristal, salpicos de orvalho, pão com manteiga acúcar e canela, poço da morte. De que festa é a nostalgia?

Dinis Manuel Alves | Lobito | 1958

Odete, nelson, nelsito, nocio, inês, mariana, lobito, são joão, restinga, mampeza, LALA, colina da saudade, moçâmedes, rua das hortas, meda, coimbra, lousã, aveiro.

Dinis Manuel Alves | Lobito | 1958

pista de carrinhos, pentax, eusébio, nikon, helicóptero, ayrton, big apple, liberdade, mini-honda, fraternidade.

Dinis Manuel Alves | Lobito | 1958

deu luz aos olhos, perfumou as rosas, deu ouro ao sol e prata ao luar. E pôs as estrelas no céu, fez o espaço sem fim, deu luto às andorinhas, e este blog a mim.

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sexta-feira, 22 de junho de 2012

O caso do chinelo encontrado morto



Esta semana, alguns sites dos jornais portugueses trouxeram o mais interessante título das últimas décadas. Esse texto veio da agência Lusa, e o Expresso e o jornal i pespegaram-no felizmente sem emenda. O título, óptimo, era: "Espinho: 'Não há indício de crime' no caso do chinelo encontrado morto', diz a PJ".

Os títulos são isca e anzol e raramente vi um tão aliciante. Fala-se muito da crise da Imprensa mas houvesse mais histórias destas e não faltariam leitores. Mesmo dando de barato a sugestão da bófia, "não há indício de crime", o caso do chinelo encontrado morto tem daqueles atractivos que antigamente faziam os ardinas apregoar e o povo comprar. Quem encontrou o chinelo morto? E, tendo-o encontrado, como lhe confirmou o passamento? Fez-se, antes, respiração boca a boca?...

Enfim, ainda que oficialmente morto em toda a legalidade, o caso do chinelo morto cheirava a esturro. Infelizmente, como é próprio do costume português, tendo uma bela história entre as mãos (ou melhor, pé), os jornais decidiram destruí-la. Depois do título (óptimo, como já disse), acrescentaram um texto desmotivador. E ficámos a saber que o magnífico chinelo morto era, afinal, um infeliz chileno encontrado morto em Espinho.

O que podia ter sido uma boa história não passou de uma dislexia ortográfica. Ora lobas! Perdão, bolas.


Ferreira Fernandes, Diário de Notícias