terça-feira, 3 de julho de 2012

Loxodrómia

Para que serve a Loxodrómia, curva associada à descoberta de Pedro Nunes?

A navegação pela bússola, orientada por uma rosa-dos-ventos, poderia fixar uma direcção... digamos Noroeste, e seguir esse rumo procurando aí uma localização conhecida. 

O que Pedro Nunes tornou claro é que isso serviria localmente, em latitudes longe dos pólos, mas tornar-se-ia bastante impreciso numa navegação no globo terrestre. É fácil perceber porquê... ao manter uma direcção que tivesse componente de Norte, por exemplo Noroeste, a cada passo iríamos aproximar mais do Pólo Norte, e no limite essa persistência levaria-nos numa espiral até ao pólo.
A concepção do mundo plano, no planisfério, chocava com os aspectos práticos de grandes navegações no globo esférico, ou quase esférico... 
Esse rumo em direcção ao pólo só seria evitado em direcções exactamente a oeste ou a leste, onde se seguiria o paralelo, pela latitude onde se estava.

Até aqui nada dizemos que não seja habitualmente dito desta ou doutra forma...
Porém convém esclarecer que a bússola nada traria de especial ao conhecimento de posição, exceptuando a possibilidade de orientação com condições atmosféricas adversas, em que a nebulosidade não permitisse avistar os astros de referência.
A identificação do Norte ou do Sul faz parte das designações que usamos:
- Meridional resulta do latim para meio-dia, sendo claro que a posição do Sol ao meio-dia, no hemisfério norte aponta sempre para sul (e de forma similar, no hemisfério sul aponta para norte).
- Setentrional estará associado às sete estrelas, ou sete-estrelo, que se justifica hoje pela posição norte da Ursa Menor, constelação em cuja cauda estaria a Estrela Polar. 


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