quarta-feira, 13 de junho de 2012

Isto matará Aquilo?

Em Notre-Dame de Paris, escrito por Victor Hugo aos 28 anos, primeira edição em 1831, Claude Frollo aponta para um livro que tinha na escrivaninha, aponta depois para a enorme catedral que se construía ali perto, e sentencia: “Isto matará aquilo!”.
Isto era o livro, aquilo a catedral. O esclarecimento mataria a Igreja. O bojudo e soberbo edifício religioso medieval ameaçava ruína, a poderosa pedra fraquejando perante o frágil papel.
A cena passava-se no século XV, de então para cá o presságio legendado “Isto matará aquilo!” siamizou-se aos discursos de qualquer velho do restelo que cuide bem do seu estatuto.
[continuar aqui]

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